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segunda-feira, 26 de maio de 2014

UMA VISÃO PESSOAL DE OSHO:


OSHO NÃO É...

Osho não é Deus, nem profeta, nem santo, nem guia espiritual.
Não tem nenhuma Igreja nem "escrituras" a serem "obedecidas".
Não tem seguidores, discípulos ou sucessores, apenas amigos.
Não fundou nenhuma organização oficial e não cobrou nada de ninguém.
Não possui ideologia ou qualquer "filosofia de vida" que não a Vida.
Não determinou o que é certo, errado ou "verdadeiro".
Não "ensinou" nenhum "caminho de salvação" para ninguém.
Não condenou e nem defendeu nenhuma religião.
Nunca reteve "direitos autorais" por suas palavras,
e nem determinou "representantes" para falar em seu nome.
Falava abertamente o que queria e quando queria aos que queriam ouví-lo
Não se defendeu de nenhuma das múltiplas acusações que recebeu.
Não criou nenhum vínculo de dependência psicológica ou espiritual.
Não "manipulou" ninguém para obter qualquer coisa.
Nunca rejeitou ou baniu ninguém entre os que o buscaram.
Não proibiu ninguém de ser o que fosse, aceitava todos.
Nunca ordenou ninguém a ser qualquer coisa ou deixar de ser.
Osho não é "amor", nem" luz", nem "a verdade".
Negava qualquer definição além de um vazio presente.
Nunca prometeu nada especial nem seduziu ninguém para obter favores.
Nunca foi discípulo de ninguém e falou sobre diversos sábios.
Nunca disse ser "dono da verdade", ela estava no coração de cada um.
O que chamava de "iluminação" é ser comum, nada especial.
O que chamava de "não-iluminação" é não aceitar ser comum.
Não criou nenhuma "seita" ou qualquer sectarismo.
Definia a relação com ele como um "caso de amor".
Não era político e não queria dominar nada nem ninguém.
Não "seguia" nenhuma escola filosófica ou ideológica.
Não era esotérico, "misterioso", "ocultista" ou místico.
Não ofereceu nenhuma "metodologia infalível" para a liberdade.
Não "pregava" nenhum caminho que não a meditação.
Defendia o Amor, a Liberdade e a Alegria de Viver...
Não "acreditava" em nada e não perseguia crentes de qualquer corrente.
Não pertenceu à nenhuma "tradição" oriental ou ocidental.
Não criou nenhuma tradição ou "corrente" espiritual.
Não fazia ou participava de "rituais" exóticos ou "eróticos".
Tinha uma vida simples e espontânea, visível à todos que o cercavam.
Não curou ninguém e nem fez qualquer milagre, não tinha "poderes celestiais".
Teve pai, mãe, irmãos e parentes, como qualquer um.
Nasceu, viveu e morreu como todo ser humano.
Sentia dores na coluna, problemas dentários, era diabético e tinha alergias.
Nunca se "casou" com ninguém e não teve amantes, que se saiba.
Quando morreu foi cremado e não resurgiu das cinzas.
Não atendeu à nenhum tipo de reza, orações ou pedidos mágicos.
Não tirou o medo e nem foi contra nada humano, do sexo à supraconsciência.
Nunca ninguém contou que fez sexo com ele.
Não teve filhos e nem deixou "herdeiros".
Não pediu para fazerem qualquer coisa depois de sua morte.
Não relatou "vida passada" de ninguém,
e não anunciou "vida futura"... focalizava o presente.
Não tinha poderes paranormais ou habilidades "extrasensoriais".
Não viveu em nenhum palácio e não criou nenhum "lugar sagrado".
Não fundou centros, comunidades ou agrupamentos "religiosos".
Foi excelente aluno, muitas vezes premiado, formou-se em Filosofia na Universidade.
Não criou nenhum fetiche ou objeto místico para ser adorado.
Tudo que tinha foi vendido, dado ou destruído.
Definia-se como um "hóspede temporário", algo passageiro.
Ao morrer declarou que deixava apenas seu "sonho"...
e que sempre tinha confiado na "existência"...

De Osho nada ficou além de suas palavras e do amor de seus "amigos".

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Sexo Tântrico

"Seu ato sexual e o sexo tântrico meditativo são fundamentalmente diferentes. Seu ato sexual é para aliviar; é como dar um bom espirro. A energia é jogada fora e você fica aliviado. Isso é destrutivo, não é criativo. É bom, terapêutico. Ajuda você a relaxar, nada mais.

O ato sexual tântrico é uma meditação,  diametralmente oposto e completamente diferente. Não é para aliviar, não é para jogar energia fora. É para permanecer no ato sem ejaculação, sem jogar energia fora; permanecer no ato excitado — apenas na parte inicial do ato, não no final. Isso muda a qualidade — a qualidade final é diferente.

Tente entender duas coisas. Existem dois tipos de clímax, dois tipos de orgasmos. Um tipo de orgasmo é conhecido. Você chega ao pico da excitação, depois você não pode ir além disso: o fim chegou. A excitação chega a um ponto onde isso se torna involuntário. A energia pula para dentro de você e sai. Você fica aliviado, descarregado. A carga de energia é jogada; aí você pode relaxar e dormir.

Você está usando o sexo como tranquilizante. É um tranquilizante natural, o ajudará a dormir bem — se sua mente não estiver oprimida pela religião. Caso contrário, mesmo o tranquilizante não vai fazer efeito. Se sua mente não estiver oprimida pela religião, só então o sexo pode ser algo tranquilizante.

Se você sente-se culpado, mesmo seu sono será perturbado. Você se sentirá deprimido, você começará a se condenar e fará juramento de que não se entregará mais. Então o seu sono se tornará um pesadelo depois. Se você é um ser natural não oprimido pela religião e pela moralidade, então o sexo pode ser usado como um tranquilizante.

Este é um tipo de orgasmo — chegar ao pico da excitação.
O Tantra é centrado em outro tipo de orgasmo. Se nós chamarmos o primeiro tipo de orgasmo do pico, você pode chamar o orgasmo do Tantra de orgasmo do vale.

Nesse tipo de orgasmo, você não chega ao pico da excitação, mas no vale mais profundo do relaxamento. A excitação tem que ser usada por ambos no começo.

É por isso que eu digo que no começo eles são iguais, mas no fim eles são totalmente diferentes.

A excitação tem que ser usada por ambos: ou você alcança o clímax da excitação ou o vale do relaxamento. Para o primeiro, a excitação tem que ser intensa — cada vez mais intensa. Você tem que crescer na sua excitação, você tem que ajudá-la a crescer em direção ao pico.

No segundo, a excitação é apenas o começo. E uma vez que o homem tenha penetrado, ambos, amante e amado podem relaxar. Nenhum movimento é necessário. Eles podem relaxar num abraço amável.

Quando o homem sentir ou a mulher sentir que a ereção vai ser perdida, então é necessário um pequeno movimento para voltar a excitação. E depois relaxe novamente. Você pode prolongar esse abraço intenso por horas, sem ejaculação, e depois ambos podem adormecer juntos. Este é o orgasmo do vale. Ambos estão relaxados, e se encontram como dois seres relaxados.

No orgasmo comum, vocês se encontram como dois seres excitados, tensos, tentando descarregar suas energias. O orgasmo comum parece loucura; o orgasmo tântrico é uma profunda, relaxante meditação.

Você talvez não esteja consciente disso, mas esse é um fato da biologia, da bioenergia, onde mostra que o homem e a mulher são forças opostas. São o negativo e o positivo, o yin e o yang, ou qualquer coisa que queira chamá-los — eles estão desafiando-se mutuamente.

E quando ambos se encontram num profundo relaxamento, eles se revitalizam um no outro. Ambos se revitalizam, tornam-se geradores, sentem-se mais vivos, tornam-se radiantes com a nova energia, e nada é perdido. Apenas pelo encontro com o polo oposto a energia é renovada.

O amor tântrico pode ser feito tanto quanto quiser. O ato sexual comum não pode ser feito da mesma forma porque você está perdendo energia ao fazê-lo, e seu corpo terá que esperar para recuperar. E quando você recupera energia, você irá perdê-la novamente. Isso parece absurdo. Sua vida inteira é gasta em ganhar e perder, recuperar e perder. Isso acabou virando uma obsessão.

A segunda coisa a ser lembrada: você talvez tenha ou talvez não tenha observado que quando você olha para os animais, você nunca os vê desfrutando o sexo. Nas suas relações sexuais, eles não estão sentindo êxtase ou desfrutando.

Olhe para os macacos, para os cães ou para qualquer outro tipo de animal. Em seus atos sexuais você não pode ver que eles estão sentindo êxtase ou desfrutando — você não pode! Parece ser um ato mecânico, uma força natural os empurrando em direção ao ato sexual.

Você já observou macacos em suas relações sexuais? Depois do ato sexual eles se separarão. Olhe para eles: não há nenhum êxtase neles, é como se nada tivesse acontecido. Quando a energia empurra pra fora, quando a energia é muita, eles a descarregam.

O ato sexual comum é exatamente como isso, mas os moralistas dizem exatamente o contrário. Eles dizem: "Não se entregue, não desfrute." Eles dizem: "Isso é como os animais fazem." Isto está errado! Os animais nunca desfrutam; só o homem pode desfrutar. E quanto mais fundo ele desfrutar, mais elevada será a humanidade. E se seu ato sexual pode torná-lo meditativo, extático — o mais alto é alcançado.

No ocidente, Abraham Maslow tornou este termo — experiência de pico — muito formoso.

Sua excitação chega até o pico, e depois cai. É por isso que, depois de todo o ato sexual, você sente uma queda. E é natural porque você está descendo de um pico. Você nunca sentirá isso depois de uma experiência com o Tantra. Você não se sente caindo. Você não pode cair além daquilo porque você está num vale. Melhor, você está subindo.

Depois que você pratica o intercurso sexual tântrico meditativo, você percebe que subiu, não caiu. Você sente que está com energia, mais vitalizado, mais vivo, radiante. E esse êxtase continuará por horas, até mesmo dias. Isso depende de quanto profundamente você estava.

Se você se move dentro do sexo tântrico, mais cedo ou mais tarde você perceberá que ejaculação é perda de energia. Não há necessidade disso — a menos que queira ter filhos. E com uma experiência tântrica você sentirá um profundo relaxamento durante o dia todo.

Após o ato sexual tântrico e mesmo por dias você se sentirá relaxado — você se sentirá tranquilo, à vontade, não-violento, sem raiva, não-deprimido. E esse tipo de pessoa nunca é um perigo para os outros. Se ele puder, ele ajudará os outros a serem felizes. Se ele não puder, pelo menos ele não fará ninguém infeliz.

Só o Tantra pode criar um novo humano, esse humano que pode conhecer o eterno, o não-ego, e uma profunda não-dualidade com a existência crescerá.

OSHO
extraído do Blog Osho Brasil